domingo, 30 de novembro de 2008

A condição para a memória é o esquecimento

Eu costumava pensar que o que precisávamos era começar a ter lembranças juntos...
Mas não precisam ser lembranças eróticas necessariamente, mas lembranças de momentos, de perfumes, de sabores, de toques, de tudo o que puder ser lembrando.
Lembranças de versos, por exemplo, que nos façam rir ou chorar de tão bons, mas também não vou te negar que sempre te achei um homem maravilhoso.

Não sei explicar, mas eu quero e preciso me lembrar dos sentimentos
que você desperta em mim todos os dias.
É como um sonho antigo do qual não quero acordar
Eu costumava pensar que jamais conseguiria dizer isso
sem lhe dar um abraço apertado-demorado-e-bem-fundo,
mas consigo.

Plano onírico

Sonhei com você esta noite inteira e estava muito triste.
Não sou de acreditar em sonhos, mas está tudo bem?
Mande notícias.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Legenda

Todo blogueiro que se preze adora (e quer) receber comentários sobre os seus posts.

Na intenção de receber alguns, proponho uma brincadeira:

Alguém já criou legendas ou títulos para imagens que oferecem margens para várias interpretações? Não tem nada de original, afinal já vi essa brincadeira em muitos blogs.

Exemplo: quais seriam as legendas possíveis para a foto de um gato e um cão abraçados, em cima de um sofá?

1 – Não é o que você está pensando...
2 – Noite de núpcias
3 – Os donos saem...
4 – O segredo dos animais...
5 – etc

O que vale é ser criativo! Vamos começar?

Qual legenda você daria para a imagem abaixo? Escreva no espaço reservado para os comentários.



Pretendo reunir as legendas num futuro post e revelar a verdadeira origem da foto. Até mais!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Acabamos, acabando.


[...]
Eu me delato.
Tu me relatas.
Eu nos acuso.
E confesso por nós.
Assim, me livro das palavras...
com as quais você me veste.
Fauzi Arap



E começamos a acabar, começamos a desmoronar em palavras veladas e mal-ditas, vestidos que somos dos nossos próprios seres, fazendo o que há de melhor para nós mesmos...nos esquecemos de “nós”, todos.

E aí começamos a acabar...aí mesmo nos livramos das culpas pelas coisas faladas e começamos a afundar no fel verde e viscoso da raiva e da intriga. Fizemos tudo, armamos tudo, contra nós mesmos.

Triste...nós...agora eu.

Eu vou me arrumar, vou sair e vou lembrar de não pegar na tua mão ou de olhar para trás, vou lembrar de te esquecer. Pena, gostava de te pensar junto.

Amigos, amigos, não seremos mais. Nem sei. Nem nada. Só peço uma única coisa, não se desculpe. Nunca. Para ninguém.


Hasta...siempre,

Dr. Dio Balladeiro

:Perspectiva::

Transparente em sua intensidade
a moça
vive a espera.

Internamente carrega
uma flauta oca de bambu.
Instrumento claro e não distorcido
da ausência de ternura [por si mesma].

Os sentimentos impulsionam a roda.
Matam tua fome instântanea [e a ventania],
Fazem brilhar teu sorriso recortado,
Acalmam todo o silêncio.

Harmonias e correspondências atraem teu olhar,
Passional e ingênuo.

Sente na carnalidade da pele.
É guardiã da cruz,
uma mulher para ser vista de perto.


Dica de leitura





Olá a todos! Eu sou o Lost-Bullet (já perceberam que cada colaborador deste blog possui um pseudônimo?) Sou novato aqui e gostaria de me apresentar, explicando a razão para esse nickname e, ao mesmo tempo, dar uma dica de leitura.

Eu escolhi esse apelido para, também, fazer uma homenagem a um dos meus hobbies: QUADRINHOS! Amo de paixão! Enlouquecidamente! Não me considero O Mega-Conhecedor, porque... gosto de ser mais humilde, entendem?

Quem também gosta de História em Quadrinhos sabe que, há muito tempo, o gênero deixou de ser destinado apenas às crianças. E, provavelmente, conhece a série 100 Balas (100 Bullets, no original), criada por Brian Azzarelo e ilustrada por Eduardo Risso. É publicada nos EUA pelo selo Vertigo, da DC Comics, e tem duração prevista para 100 edições. No Brasil, atualmente, o título é publicado pela Editora Pixel Media, mas ainda é possível encontrar em livrarias especializadas alguns encadernados publicados pela Editora Devir.

Recomendo! Até que extremos você iria para se vingar de alguma coisa?

Para quem nunca leu 100 Balas, a trama básica da história é a seguinte: “um homem chamado Agente Graves entrega uma maleta com uma arma, 100 balas não-rastreáveis e garante que, enquanto a pessoa tiver a maleta, estará acima da lei. Dentro da maleta tem também provas irrefutáveis que esclarecem algo que aconteceu na vida de quem está a recebendo. Essas provas incriminam pessoas, revelam segredos e abrem feridas antigas e trazem dor. A pessoa pode ficar com a arma, balas e a imunidade proposta pelo agente, sem perguntas, pelo tempo que precisar. Com essa chance você se vingaria de quem arruinou sua vida?”*

Recomendo, pois apresenta excelentes histórias que se dividem em arcos que podem ser lidos separadamente, além de conter a arte inspiradora de Eduardo Risso, um argentino que eu tive o prazer de conhecer numa das edições do Festival de Quadrinhos, que aconteceu em Belo Horizonte (MG). A história é recheada de ingredientes que me atraem, tais como ação, humor e mulheres bonitas e fatais. Excelente!

Ah, outra das minhas paixões é seriados. Alguém aí já assistiu a Lost? Bom, vou deixar este assunto para outro post.

*(extraído do site http://pixelquadrinhos.com.br)

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Guarda-roupa


Guarda-roupas

Guardas de mim.
Esconde.
Quando preciso revela.
Tudo guarda.
Do que é preciso ao que é supérfluo e até aquilo que não recordo.
Abres e fechas.
Comparo-te a minha vida?
Saio do armário, mas escondo:
Família, amor, amigos, medos, incertezas, vazios.
Possibilidade de poder voltar e encontrar refúgio e ‘saciedade’?
Não!
Sigo ao fim.
Caminhar será a única certeza,
Certeza quase surreal.
Manifestação da realidade do inconsciente.
Volto o olhar atrás.
Ás portas?
Não mais estou.
No interior, somente o que deve guardar
Abertas, as portas indicam o caminho:
Liberdade!
Adeus!
Pouco a pouco fica para trás
Não mais guarda-roupas.
Agora, um armário sob medida.
Exata?
Não se sabes.
Em construção!

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