quinta-feira, 7 de maio de 2009

Discutindo educação


Entre ballas e afins falarei sobre um tema pertinente(eheheh) e que nos leva a reflexão sobre a educação:


O professor como agente social é uma prática real?

A função social do professor parece degradada na atualidade. Considerando que se um lado existe a falta de motivação dos docentes também existe a falta de vontade dos alunos e esse fato resulta numa deteriorização da educação e também do letramento como cidadania.
Culpar somente um projeto político pedagógico não é justificável. È necessário observar que desde a base educacional, nos primeiros anos de ambiência escolar, não há por parte dos profissionais educadores a motivação pra que o aluno siga a carreira no ensino.
Os adolescentes crescem com a visão que lecionar é uma carreira frustrante, pois não há o retorno financeiro merecido e nem mesmo o apoio por parte das autoridades políticas. Dessa maneira a imagem do professor é desvalorizada.
Contudo existem aqueles que militam pela educação, que consideram necessário o apoio a formação desde a base. Essa característica na maior parte das vezes é vista nos professores do Ensino fundamental. Porém, como em toda batalha há muitos percalços, os profissionais esbarram em aspectos desmotivadores. Pode-se usar o termo “esbarram” porque apesar desses encalços existe a possibilidade de traçar uma rota paralela para alcançar o objetivo para e pela educação.
A fim de se problematizar esses aspectos é possível levantar causas da falta de motivação:
Estágio (período da graduação): O estagiário muitas vezes não é bem vindo na escola ou não se adapta a estrutura escolar. A quebra da imagem idealizada do que seria uma vida de professor (críticas/lamentações) tornam-se um fator desmotivador.
Formação X realidade: A teoria muitas vezes não sustenta a necessidade dos alunos. O professor precisa abrir mão de técnicas inovadoras e se adequar aos padrões estabelecidos pelo livro didático e a política pedagógica da escola.
Diversidades educacionais não são apresentadas na graduação: o professor chega a escola sem base para lidar com alunos de educação inclusiva,educação assistida,entre outras e se sente impotente.

Em Pedagogia da Autonomia (Paulo Freire.São Paulo: Paz e Terra, 2003) o autor considera que o educador já não se restringe apenas a função de educar, mas de educar-se no momento em que há a troca com o aluno. Este diálogo os tornam sujeitos do processo de crescimento mútuo em que ações de imposições de autoridade já não são válidas.
A questão de uma educação que liberta deveria ser trabalhada com mais afinco na formação do professor, pois não há uma formação de resultado sem o sentimento de igualdade, pois todos somos seres humanos em construção contínua.

**Dedico como singela homenagem a Professora/doutora Jane Quintiliano que gerou em mim o sentimento de "militar"com elegância e bolsa prateada(claro!) pela excelência na educação.
**Foto:Assis e Lucinda(meus irmãos)e professores e História e Potuguês-1978
**Fonte: Paulo Freire.Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.

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