quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Ele e eu = nós2


Quando penso bem me dou conta que ele sempre esteve por perto, sempre ao meu lado, ensinando, informando. Entretanto, eu só me apercebi de nossa relação aos quatorze anos.

Eu era o jovem, ele o milenar.

Era uma amizade ingênua, descompromissada. Eu prestava atenção a tudo o que ele tinha para mostrar, uma ligação um tanto quanto unilateral, mas para nós estava tudo bem.

Depois de um tempo já não saia mais sem ele. Era um de meus melhores amigos e eu conheci, através dele: Azevedo, Guimarães, Assis, Lispector, Pessoa, Verne, Woolf, Hemingway, Paolini, dentre tantos outros.

Ele me apresentou a inúmeros lugares fantásticos. Eu aprendi. Aprendo. Ele abriu meu mundo, ensinou-me sobre todas as coisas que há e até as que ainda estão por vir. Imaginamos juntos, viajamos sem sair do lugar. Eu sou o beneficiado, o que recebe tudo.

Cresci e nossa relação também. Começamos a ter mais respeito um pelo outro, eu mais ainda. Comecei a vê-lo como um sábio. Como uma parte intrinsecamente ligada a quem eu era, quem sou.

Hoje, não importa onde seja, ele sempre está lá comigo. Dormimos juntos, comemos juntos, ainda viajamos. Ele se apresenta em várias formas, seja me ensinando línguas (e ele sabe todas) ou apenas contando piadas, sempre temos algo para fazer quando estamos um em frente ao outro.

Um dia ainda teremos um fruto dessa nossa relação, afinal, todo leitor inveterado já pensou, pelo menos uma vez, em escrever seu próprio livro.

Hasta luego, Dr. Dio Balladeiro

1 comentários:

Carol Sakurá 13 de fevereiro de 2009 às 12:14  

A fonte já está nas páginas de nossa imaginaçao!

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